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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Brasil passa a França e agora é país com mais usuários da Avast

Empresa diz que atualmente 15 milhões de usuários brasileiros possuem o produto gratuito no PC, e está de olho no potencial para suas versões pagas.



O Brasil assumiu este mês a liderança entre os países com mais usuários da versão gratuita do antivírus da companhia Avast. De acordo com números da empresa, revelados nesta sexta em evento para a imprensa, agora são cerca de 15 milhões de usuários free, quase a soma do total de Estados Unidos e Rússia (terceiro e quarto mercados). A França, com 14 milhões, agora está em segundo.
Para o CEO da companhia tcheca, o americano Vince Steckler, os principais motivos para a popularidade do produto no mercado nacional, onde quase 70% dos internautas não paga por uma solução de segurança, são a disponibilidade em português brasileiro, o suporte grátis em português e o fato de o produto ser completo, sem limitações. "E não investimos em marketing, portanto nossa adoção é na base do 'boca-a-boca", afirma.
Além disso, o país também assumiu a terceira posição entre os mercados mais rentáveis para a companhia, atrás apenas dos EUA e da França. É algo supreendente, visto que a versão paga só pode ser adquirida via cartão de crédito internacional, e em dólares.
De olho nesse potencial, Steckler disse ao IDG Now! que em junho será possível fazer o pagamento com cartão nacional, e em reais. Com isso, ele espera dobrar o número de usuários pagos, atualmente na casa de 400 mil - 40% dos quais são pequenas e médias empresas. No entanto, o produto ficará mais caro na moeda nacional. "Os custos financeiros no Brasil são colossais", reclama. "Tem taxas do governo, dos bancos e das operadoras de cartão", aponta. No entanto, quem possui um cartão internacional poderá continuar a comprar em dólar.
No mundo, a Avast contabilizou, ao final de 2010, mais de 154 milhões de internautas registrados, dos quais 127 milhões ativos - que atualizam o produto ao menos uma vez por mês, e ganha de 2 a 3 milhões de clientes por mês. A empresa tem usuários em 234 países, e em 28 deles há mais de 1 milhão de internautas com o software no PC. "Isso nos torna o produto de segurança mais popular do mundo, com mais do que o dobro do Norton", afirma o executivo. Atualmente, o software, lançado em 2002, é oferecido em 36 línguas, o que significa 97% de cobertura dos idiomas de computadores domésticos -- 25 das traduções (localizações) foram feitas pelos próprios consumidores.
De acordo com Steckler, o diferencial competitivo da Avast é justamente essa enorme comunidade. Se algum desses 127 milhões de máquinas detecta algum site ou código de malware, esse dado é enviado automaticamente para os servidores da empresa, que recebe mais de 13 000 amostras únicas por dia. Essa informação é processada automaticamente e, caso seja confirmada como malware, é gerada uma assinatura, que entra na lista no próximo update. O CEO diz que o sistema dá a Avast a mesma agilidade e precisão de produtos pagos.
"Não é porque nosso principal produto é grátis que ele não funciona bem, é só ver os testes comparativos", argumenta o executivo.
Mas e o suporte, como fica? Steckler diz que praticamente todas as dúvidas são resolvidas pelos próprios usuários, por meio do fórum da empresa. Curiosamente, o usuário que possui mais postagens (54 700), é de São Paulo - seu nickname é "Tech". Caso a dúvida não seja resolvida por esse sistema, há o atendimento telefônico, feito por uma só pessoa.
O CEO da Avast diz que a empresa adotou o modelo "freemium" (produto principal gratuito, extras e corporativos pagos) por absoluta necessidade. "Não tínhamos dinheiro para um vôo global", explica. Embora não revele números (a empresa tem capital fechado), ele garante que o sistema tem dado certo. "Somos altamente rentáveis", garante.
Mais do que enxuta, a Avast tem apenas 150 funcionários, que trabalham no único escritório físico da empresa, em um bairro comercial de Praga, a capital da República Tcheca. Com isso, a companhia ostenta a incrível marca de 1 empregado para cada 1 milhão de usuários.
Além disso, não existem produtos Avast em mídia física, apenas online, o que elimina custos de produção e transporte, e não há venda no varejo.
O CEO refuta as críticas sobre a falta de suporte de produtos gratuitos. "Temos atendimento telefônico com uma pessoa que fala português, e o número de questionamentos é mínimo em relação ao total de usuários que temos no país", argumenta. Outro ponto que ele rebate é sobre a velocidade de updates - em tese, menor do que a dos competidores pagos. "Atualizamos o antivírus no mínimo seis vezes por dia, o que não fica a dever a nenhum outro", afirma.
Para ele, também é falsa a afirmação de que atualmente os consumidores precisam de algo além de um bom antivírus. "Para a grande maioria dos internautas, o que nosso produto oferece é o suficiente", afirma. Segundo o executivo, apenas pequenas empresas e usuários que realizam um bom volume de operações de internet banking precisam de ferramentas extras como o desktop virtual (que simula um ambiente isolado no sistema operacional, imune a vírus que capturam a digitação e fotografam a tela) o firewall de dupla camada e o antispam, oferecidos na versão paga.
Para os próximos anos, as metas da Avast não são nada modestas. "Nosso objetivo é ter a maior base de usuários domésticos gratuitos do mundo, e tirar os pagantes das outras marcas no ambiente corporativo", projeta o executivo.

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Fonte: idgnow

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